
Gravadoras se negam a achar novo modelo de negócio, diz fundador do Pirate Bay
Peter Sunde, 30, cofundador do Pirate Bay, um dos sites mais populares para compartilhamento de arquivos na internet, afirmou nesta quarta-feira (24) que as gravadoras não querem achar um novo modelo de negócio, para sobreviver na era digital. A informação é da repórter Daniela Arrais, do caderno Informática da Folha, em post no blog Circuito Integrado.
As afirmações foram feitas durante entrevista no Fisl 10 (Fórum Internacional Software Livre), que começou hoje em Porto Alegre. "As gravadoras não querem achar um novo modelo de negócios. Eles não querem trabalhar com a gente [Pirate Bay], com ninguém. Se não acharem alternativas, elas vão simplesmente desaparecer", afirmou Sunde.
Ele disse ainda que apenas artistas que não produzem há algum tempo se mostram contrários ao compartilhamento de arquivos na internet. "Prince e Village People tentaram processar a gente. Nenhum deles está fazendo música desde os anos 1980. Mas eles se incomodam por não venderem coletâneas de melhores sucessos. No entanto, sem a internet, os novos músicos não seriam nada."
Em abril, quatro responsáveis pelo Pirate Bay foram considerados culpados por promover a infração dos direitos autorais, em razão de manter o site de troca de arquivos. A sentença foi estipulada em um ano de prisão, mais pagamento de uma multa de US$ 3,56 milhões para a indústria do entretenimento.
Fundado em 2003, o Pirate Bay permite a troca de arquivos de música, filme e jogos de computador usando a tecnologia de torrents. Nenhum dos materiais é encontrado nos servidores do site. O Pirate Bay afirma ter 22 milhões de usuários no mundo.
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